Enquanto espelho de fenómeno sociológico complexo que são os assaltos, a vídeo-vigilância urbana pode trazer uma tranquilidade acrescida quando se trata de prevenir ataques à integridade física de pessoas. Alguns estudos vêm mostrando que a vídeo-vigilância tem-se instalado na direta proporção da percepção do perigo quanto a assaltos e intrusões domiciliárias.
Tal como nas ruas, em nossas casas a vídeo-vigilância também é um adjuvante preciosíssimo na prevenção de assaltos e intrusões. Mas, neste post, falamos-lhe de vídeo-vigilância urbana, isto é, aquela vídeo-vigilância que podemos encontrar nas ruas e que contribuem para aumentar a nossa percepção de segurança.
Soluções de vídeo-vigilância adjuvantes na prevenção de assaltos nos espaços urbanos
Evite espaços urbanos sem luz e sem vídeo-vigilância são perigosos
Como fenómeno complexo, as caraterísticas do espaço inter-relacionam-se usualmente com a incidência da criminalidade. Todos nós temos a percepção, embora não formalizada, de que existem espaços ‘perigosos’ ou, pelo menos, vulneráveis, a determinado tipo de criminalidade. Esta percepção está presente, por exemplo, em expressões como “evite frequentar ruas desertas e escuras à noite”, “evite becos e ruelas mal frequentadas” ou “fuja de espaços mal iluminados”
Ora, esta percepção, tendo o seu fundo de verdade empírica, aponta, de facto, para um conhecimento social do espaço urbano, isto é, das características que potencializam determinado comportamento abusivo e lesivo da nossa condição enquanto cidadãos e seres humanos.
Mais vídeo-vigilância, menos assaltos
A vídeo-vigilância, tratando-se de um expediente tecnológico, vê nas suas capacidades tecnológicas a possibilidade de tornar os espaços urbanos mais seguros, dissuadindo o crime ou até contribuindo para a identificação e o reconhecimento dos seus perpetuadores.
Assim, a vídeo-vigilância a todos beneficiará se todos entendermos a sua razão de ser em termos de segurança. Contudo, para melhor entendermos a vídeo-vigilância enquanto técnica do “olhar” sobre o outro, deveremos, primeiro, tentar entender de que falamos quando falamos de espaço urbano suscetível ao crime.
Sabemos que ocorrem mais crimes em espaços com menos vídeo-vigilância. Quais as razões sociológicas desta coincidência? Sabemos que, de facto, os becos, por exemplo, são espaços de baixa conectividade, isto é, ligados somente a uma rua, podem ser espaços de maior risco uma vez que a sua função de passagem ou caminho se torna mais exígua. Num beco, há menos pessoas a movimentarem-se, logo, existem menos “olhares” e, consequentemente, menor vigilância.
Nestas circunstâncias, a vídeo-vigilância como que complementa um deficit de olhar do próprio espaço. Não é à toa que os espaços mais modernos do tecido urbano concebem um design amplo, mas não demasiado, tendo em conta factores como a densidade residencial, ruas bem ligadas entre si e integradas no conjunto habitacional, com presença de comércio e a presença de alguns serviços, bem como da vídeo-vigilância, evitando assim os chamados “hot-spots” de ocorrência de criminalidade urbana.
O que são os “hot-spots” de ocorrência da criminalidade urbana?
Os estudiosos destas questões têm distinguido entre “risco” e “ocorrência”, sobretudo “hot-spots de ocorrências”. Quer dizer, ruas muito movimentadas oferecem uma “oferta” maior de vítimas em potencial, e, portanto, podem aparecer estatisticamente como hot-spots, ainda que proporcionalmente tenhamos maior risco de sermos escolhidos como vítima em espaços pouco movimentados (Hillier 2007).
Nem sempre “hot-spots” de ocorrências apresentam maior risco que espaços que podem, por vezes, passar despercebidos nas análises espaciais de dados. Temos que incluir outro nível além dos “hot-spots” de ocorrência no geo-processamento: o nível dos “hot-spots” de risco, provavelmente bem mais numerosos.
Assim, a par de uma vídeo-vigilância nos nossos espaços urbanos, que tornem mais segura a nossa presença, tal como nas nossas casas, também as ruas devem ser desenhadas de modo a prevenir a criminalidade. Se tiver um espaço comercial virado para o exterior, pense na vídeo-vigilância como uma mais-valia que a todos beneficiará… excepto a assaltantes.
Vídeo-vigilância nas nossas ruas é um benefício
As ruas devem possuir boas ligações entre si e também boas acessibilidades, pois acessibilidade e densidade geram movimento pedestre e automobilístico, aumentando assim a segurança.
Prédios com grande número de janelas e portas viradas para a rua aumentam igualmente a segurança nas ruas. Por seu turno, a presença de espaços comerciais, ao contrário do que se pensa, afirmam os especialistas, aumentam a segurança, sobretudo quando ligados aos tecidos residenciais com vídeo-vigilância.
Por último, condomínios fechados e redes de segurança aumentam a segurança interna do espaço, mas podem diminuir a segurança externa, por exemplo, por não oferecerem razões para a instalação de redes de comércio, sempre tão desejáveis.
Neste post, procurámos alertar para a necessidade de procurar espaços urbanos em que a vídeo-vigilância constitua, tal como no interior das nossas casas, uma mais-valia na prevenção da nossa segurança enquanto cidadãos.
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